terça-feira, 27 de julho de 2010

Luas

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...

A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

E já é lua cheia novamente. É assim que, de mês em mês, se percebe que o tempo continua guiando as horas... mas, lembro-me de subito agora, destampei a caneta e feri o papel na futil (porém poetica) intenção de relatar o brilho com que a lua banha todos nós nessa bela noite de inverno. É preciso mesmo dizer o quão bela é essa lua cheia? Frente a ela até mesmo o tempo, incessante pastor das horas, pára só para reverencia-la. E nenhuma nuvem (esses mata borrões do céu) ousa estragar este belo espetáculo. E esses muitos espiritos inquietos que vagam erroneos pela terra param de subito sua jornada eterna para dessa festa noturna desfrutar.

Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...


Um comentário:

Gabriela disse...

ah meu deus, que lindo, william! juro que enchi os olhos d'água, que perfeito! tchê, tu é muito, muito bom!