terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pra onde vai?

É tanto que se perde no vai e vem dos dias, são tantos dias que ficam pra trás e, com eles, ficam conversas, canetas, relações, clips, amigos, palhetas... e essa é a poeira dos nossos dias, é disso que, sem querer, nos despimos de pouquinho em pouquinho até restar apenas uma memoria vaga de alguns momentos antigos que, por vezes, também ficam perdidos nos antigos baús da memória e são encontrados sem querer quando se procura por outra coisa (sempre se encontra uma coisa quando se procura outra).
Tanto faz pra onde todo esse passado vai, creio eu, o importante é o presente que ele construiu.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Do Poeta à Pena

É sim uma pena que cada palavra escrita por uma bela pena traduza-se em cédulas de uma barata liquidação, e, então o pano cai, e o nó teima em desatinar por nós, por toda a poesia que foi transformada em cifrão. Mas é no sorriso do palhaço, que desafia toda essa prosa presa, que sinto o quanto posso ser bem MAIOR.
Bem maior que todos estes cifrões, bem maior que todas estas cédulas. E o nó torna a cegar e o pano torna a cair encerrando mais um espetáculo, mas não o sorriso do palhaço que nem tem mais o vermelho da maquiagem e, no entanto, atua nas ruas um sorriso por vezes falso, por vezes protetor... mas, no fim, o sol se abre em Mi maior, todos sempre seremos um tanto bem Maior e deveras melhor.



Texto baseado na musica "Pena" d'O Teatro Mágico