quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Do Poeta à Pena

É sim uma pena que cada palavra escrita por uma bela pena traduza-se em cédulas de uma barata liquidação, e, então o pano cai, e o nó teima em desatinar por nós, por toda a poesia que foi transformada em cifrão. Mas é no sorriso do palhaço, que desafia toda essa prosa presa, que sinto o quanto posso ser bem MAIOR.
Bem maior que todos estes cifrões, bem maior que todas estas cédulas. E o nó torna a cegar e o pano torna a cair encerrando mais um espetáculo, mas não o sorriso do palhaço que nem tem mais o vermelho da maquiagem e, no entanto, atua nas ruas um sorriso por vezes falso, por vezes protetor... mas, no fim, o sol se abre em Mi maior, todos sempre seremos um tanto bem Maior e deveras melhor.



Texto baseado na musica "Pena" d'O Teatro Mágico

Um comentário:

Camila disse...

Sempre que eu passo aqui encontro textos belos como este. Gosto da forma como tu escreves, me faz parar e refletir *-*

Beijo